Desabafo (ou Não sou divã)

Da próxima vez que pensar

Em bater a minha porta

Tenha uma coisa em mente:

Eu também posso precisar.

É muito fácil pedir auxílio

Procurar exílio, desabafar.

Mas quando a coisa aperta

Na hora mais incerta

Você se nega a ajudar.

Em minha existência a paciência

Me acompanha dia-a-dia

Mas essa é minha essência

Não sou formado em psicologia

E mesmo assim procuram-me

E não me pagam pela terapia.

Mas parem pra pensar

Eu também sou de carne

E tenho sentimentos

Mas ninguém quer parar

Pra me ouvir falar

Nem sequer um momento.

Agora acabou,

Não tenho paciência

Nunca fui um zen

A porta se fechou

E para completar:

NÃO SOU DIVÃ DE NINGUÉM!

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 27/07/2012
Código do texto: T3799207
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.