Desabafo (ou Não sou divã)
Da próxima vez que pensar
Em bater a minha porta
Tenha uma coisa em mente:
Eu também posso precisar.
É muito fácil pedir auxílio
Procurar exílio, desabafar.
Mas quando a coisa aperta
Na hora mais incerta
Você se nega a ajudar.
Em minha existência a paciência
Me acompanha dia-a-dia
Mas essa é minha essência
Não sou formado em psicologia
E mesmo assim procuram-me
E não me pagam pela terapia.
Mas parem pra pensar
Eu também sou de carne
E tenho sentimentos
Mas ninguém quer parar
Pra me ouvir falar
Nem sequer um momento.
Agora acabou,
Não tenho paciência
Nunca fui um zen
A porta se fechou
E para completar:
NÃO SOU DIVÃ DE NINGUÉM!