Bastião

E caiu o último bastião,

morreu a ilusão!

Restou a realidade

e sua obscuridade.

O vento machuca,

o sol queima,

minh'alma desdenha

este corpo.

Sigo absorto, sem saber

o que aconteceu

nesta estrada

que hoje não apetece.

Agora sem meu bastião,

sigo sem direção,

estradas tortas,

cheia de conchas,

coisas mortas.

Sei que ha nenhum lugar

chegarei, caminharei a esmo,

partilharei a vontade d'alma,

também desdenharei!