Essa dor que dói tanto
Tão abatida e vacilante...
E essa aflição que insiste em ficar
Eu fico tonta;
Eu queria tingir esta palidez
Eu queria o remédio certo
Contra esta dor sepulcral
Tão massacrante e debochada
Tão abusada e descomedida
E dá uma coisa na mente
Um nó difícil demais para ser desatado
Tentativas não faltaram, mas,
Quantas sensações estranhas...
O meu avesso anda tão bagunçado
O que eu arrumo
Eu desarrumo tão rápido
Eu ainda não aprendi a cuidar da minha casa
E eu fico aqui
Às vezes eu me esqueço
Das razões que ainda tenho para respirar
É por isso que eu digo
Eu sempre achei tão difícil
Ficar a olhar a mim mesma....
Marcele.