A PROSTITUTA E O SANTO
A PROSTITUTA E O SANTO
Ela fugira de um pai carrasco,
Com a roupa do corpo cicatriz na face;
Sua vida não tinha nenhuma rima,
Ela era apenas apaixonada pela violeta.
Aprendera a temer o tal do homem,
Como também a tirar dele o seu sustento;
No sonho de ser madame entrou no vicio,
Ficou conhecida como Dona Mariposa da Violeta.
Era da boca do lixo e também da boca do luxo,
Dentro dela entrava o rico também o bandido;
Sua vida era sem métrica e sem rima,
Era apenas o ganhar o pão e viver na noite.
Já esteve caída na rua socorrida por um beato,
Que queria converta-la em senhora casta,
Mas mariposa vive apenas para a luz do luar
E na primeira brecha fugiu para a noite.
Ela viu o cometa passando.
Ela estava trabalhando.
Estava na Consolação.
Na face dele ela viu a salvação.
Esbarrou num estranho ele lhe deu um sorriso,
No momento isso que era preciso.
Repartiram o pão sentado na sarjeta,
Chamaram o mendigo e deram uma gorjeta.
Uma preta manca sorriu lhe ele deu lhe a mão,
Ele dançou com ela convidou-a para o pão.
Aos poucos tinha muita gente ali contente,
Todos lembrando que eles eram também gente.
A prostituta percebeu que o homem era santo,
Pois pela primeira vez via beleza em todo canto.
“Amo-te!” Falou o homem santo sorrindo radiante.
Naquele momento tudo ficou mais brilhante.
A prostituta falou para o santo:
“Você não me conhece direito.”
E o santo apenas responde:
“Então minha missão e conhecer!”.
O santo todo cheio de perfeição
Aceitou a mariposa violeta
E cada qual viveu a sua salvação
Graças à magia de um cometa.
Deu-se certo a relação?
Não é essa a questão!
André Zanarella 08-01-2012