Hora
Aquela hora que o peito aperta
e o coração suspira, arfa, mas
falta o ar, continua pulsando,
mas sem razão.
A hora da tristeza!
Não há mais beleza!
O mundo fica gigante,
cada passo, um enorme sacrifício.
Enxergo o precipício
e caminho em sua direção.
Velho suplício!
Velho martírio!
Suplica vã, de uma mente
que chora, nuvem negra,
vá embora! Talvez, Talvez!
Seja passageira.
Foi-se a beleza e o sol
à acompanhou, o que restou?
O cinza, vazio, tristeza,
a hora que não passa, a frieza...