Musa milagrosa
Aonde foram as letras minhas
Que habitavam algumas linhas?
Assim indagava o poeta aflito,
Em vão mirando o infinito.
Onde está a minha melodia
Que encantava o dia a dia?
Assim perguntava o compositor desesperado,
Mas de dó a si tudo estava silenciado.
Como desapareceu a aquarela
Que fazia a vida tão bela?
Assim procurava o pintor perdido
O que nunca teve sentido.
Quem não percebe a minha existência
Dentro de tão clara residencia?
Assim suspirava a Musa milagrosa
Que está lá dentro da alma nossa.