Há Dias...
Há Dias...
Há dias em que me comparo ao mar, calmo, revolto...
De profundo azul, violeta, ou verde...
Ondas rebuscando minha inércia...
Há dias em que sou florida como um laranjal
Doce ou azeda,
Na rasura do meu diário suprimo o meu ego,
Um pensamento vago,
Um turbilhão de palavras,
Traçam seu caminho em versos, prosas, trovas...
Há dias em que a minha alma enternece,
Outras vezes estarrece,
Como pedregulhos vãos...
Há dias em que sou pássaro livre e em outro aprisionado,
Sou flores desabrochando, outros fenecendo,
Há dias...
Há dias...
Tantos dias...
Tantas noites...