Eu e meu bonde

Um riso.

Um riso e meio é o que me custa

para ajeitar essa bagunça.

Então, tenho que forçar,

dobrar a esquina do mar

sem molhar a fuça.

Respiro o ar poluído.

O labirinto perdido da cidade grande.

Quero chegar aonde?

Não tem trilho para meu bonde.

Tem um mapa?

Então, me mande.

Corrupção acelerada.

Vontade danada dessa gente

de passar o outro para trás.

E eu perdido de novo

pergunto para alguém do povo:

Como e que se faz?

E na calada ninguém responde.

Tô eu de novo num bonde,

num beco sem saída.

E tanta gente sofrendo

e eu não ando sabendo

o que faço da minha vida.

LUCIANO AUGUSTO
Enviado por LUCIANO AUGUSTO em 24/07/2012
Código do texto: T3795453
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