Brasileira
Mãos no cabelo, um pouco de prosa
Pele branca importada, cheiro de rosa
Fios cacheados, herança da história
Livre, sondavam, esperando uma zebra
Sotaque paulista fazendo uma carioca
Sabia falar, também sabia escutar
Sorria como se o mundo fosse acabar
Contando os copos, narrando histórias
Sem mais nem menos, cantava na rua
Duas, três, várias músicas novas
Inventando rimas ao sabor das trovas
Sem nenhuma censura, era livre assim
Eu só espiava, assimilava a beleza
Do corpo, da alma, do ser e só ser
De quem namorava sem medo o prazer
Sem nunca deixar a tristeza emergir