Brasileira

Mãos no cabelo, um pouco de prosa

Pele branca importada, cheiro de rosa

Fios cacheados, herança da história

Livre, sondavam, esperando uma zebra

Sotaque paulista fazendo uma carioca

Sabia falar, também sabia escutar

Sorria como se o mundo fosse acabar

Contando os copos, narrando histórias

Sem mais nem menos, cantava na rua

Duas, três, várias músicas novas

Inventando rimas ao sabor das trovas

Sem nenhuma censura, era livre assim

Eu só espiava, assimilava a beleza

Do corpo, da alma, do ser e só ser

De quem namorava sem medo o prazer

Sem nunca deixar a tristeza emergir

J G F
Enviado por J G F em 24/07/2012
Reeditado em 02/08/2018
Código do texto: T3795279
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