ANDO PERDIDO!
Navego em veleiro, perdido no mar
Onde a proa altiva eu teimo em não ver
Vejo unicamente tristeza no olhar
Pl`a ânsia que tenho de um dia encontrar
Esse grande Amor, que tanto quero ter.
Nas ondas de espuma, balança-me a sorte
Que insiste em concreto em querer-me fugir
Que me leva apenas a pensar na morte
E o pano da vela, que até é forte
Raramente quer…ver-me a sorrir!
As águas quão turvas, parecem ser espelho
Da própria miragem que me deixa assim
Em frente ao altar, quando me ajoelho
Ouço a voz de Deus, dando-me um conselho
E eu a pedir-Lhe…que chegue o meu fim!
Mar tão longínquo, onde o sol se encobre
Nesse horizonte que não quer brilhar
Fica-me a alma e o coração mais pobre
À espera que um gesto, mais do que nobre
Me dê o sentido…desse verbo Amar!