ANDO PERDIDO!

Navego em veleiro, perdido no mar

Onde a proa altiva eu teimo em não ver

Vejo unicamente tristeza no olhar

Pl`a ânsia que tenho de um dia encontrar

Esse grande Amor, que tanto quero ter.

Nas ondas de espuma, balança-me a sorte

Que insiste em concreto em querer-me fugir

Que me leva apenas a pensar na morte

E o pano da vela, que até é forte

Raramente quer…ver-me a sorrir!

As águas quão turvas, parecem ser espelho

Da própria miragem que me deixa assim

Em frente ao altar, quando me ajoelho

Ouço a voz de Deus, dando-me um conselho

E eu a pedir-Lhe…que chegue o meu fim!

Mar tão longínquo, onde o sol se encobre

Nesse horizonte que não quer brilhar

Fica-me a alma e o coração mais pobre

À espera que um gesto, mais do que nobre

Me dê o sentido…desse verbo Amar!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 24/07/2012
Código do texto: T3795021
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