As palavras me deixaram.

Das letras, que restou?

Vou ao encontro delas

Mas não as acho.

Para onde foram.

Preciso tê-las, lê-las, vê-las

Para ser, saber, ver.

Quero ver, ter, viver.

Preciso.

Olha lá. Vejo? Não!

Estarão por aí,

Em algum lugar.

Pelas ruas vagando sem destino.

Alguém as deteve.

Será Pessoa, Meireles, talvez Drummond.

Liberdade elas querem,

Para viajar em outros sonhos,

Em outras vidas,

Por outros rios,

Em vales vivos ou então no mar.

Paulo Sérgio Costa
Enviado por Paulo Sérgio Costa em 23/07/2012
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