Equilíbrio
União de mente e corpo
Equilíbrio de forças anulando movimentos
Passos lentos guiam a minha direção
Vou seguindo sem controlar meu coração
Olhando sem enxergar
Vendo tudo como uma história de amor
Sem amar sou observador
Dos acontecimentos ao meu redor
Deito em um banco na praça
Vejo os pássaros fazerem graça
Na melodia que hoje anda escassa
Dou um tempo à criação
Luz a imaginação
Brilho à paixão
Junção de corpos
Cenários singelos
Estranhos, porém belos
Unidos num comportamento desequilibrado
Cheio de mistério
O silêncio se mistura ao frio
Em busca do calor, sinto um arrepio
Há alguém a me tocar em busca de abrigo.
No equilíbrio que me ronda
A face serena e tranqüila
Sigo caminhando sem parar em emoção
Olhos fechados
Alma escondida sem querer laços
Vou vivendo sem amor
Como o equilíbrio de uma flor
Ao ser empurrada pelo vento
Ao dançar sem lamento
Aproveitando o momento
De ser empurrada por ninguém.
Tati Dalat, 2010.