Tudo errado de novo

Mesmices

Eu tenho visto as mesmas metáforas coloridas

Nas poesias que leio, nas frases que deixo

Quando eu perco o eixo

E preciso abaixar o queixo

Nas borboletas cheias de vidas- transformadas

No céu o nascente, o pó da estrada

é tudo nada, nada, nada!

Os nosso dejetos e desejos são os mesmos

O beijo molhado, a pele nua, a minha, a sua.

É tudo exatamente igual

A mesma exímia mentira

As mesmas falsas verdades

É tudo nada, nada, nada!

Mudamos o jeito, a palavra,

e o sentido ...

Deixa de ter sentido

E o que é raso e comedido

Torna-se então inusitado.

E a vida passa como se as palavras

fossem apenas artifícios

e os títulos edifícios que nos tiram

toda a naturalidade

vivemos na concretude do nada

Do não dever nada, nada aceitar

não dizer nada é conveniente

E insolente é aquele que fala a palavra errada.

Vamos parafrasear os filósofos

uivar – Sejamos lobos e degustemos

nossas ovelhas distraídas

de ideologias tacanhas

Ser bem sucedidos desde nossos entranhas

Para fazermos o novo desde os primórdios

Usamos o ódio, a ira, a maledicência

Sejamos os melhores neste terror imposto

De fazer o novo usando apenas a lógica.

E que o amor seja nada, nada, nada!

Cristhina Rangel.

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 23/07/2012
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