ZOEIRA
Falo muita asneira
Ouço tanta besteira
Deitado na esteira
Embaixo da macieira
Embora não queira
Vejo vil sujeira
Sob telhado de madeira
Daí digo mais asneira
Escuto baboseira
Desolado bebo abrideira
Despenteio a cabeleira
Sento na cadeira
E fico de bobeira
Então levanto bandeira
E sinto apatia verdadeira
Ou inconsciente cegueira
Uma intransponível barreira
Uma alusão alvisseira
Já refeito da bebedeira
Constato de fato à cabeceira
Que não tenho eira nem beira
Nem ramo de figueira.
Falo muita asneira
Ouço tanta besteira
Deitado na esteira
Embaixo da macieira
Embora não queira
Vejo vil sujeira
Sob telhado de madeira
Daí digo mais asneira
Escuto baboseira
Desolado bebo abrideira
Despenteio a cabeleira
Sento na cadeira
E fico de bobeira
Então levanto bandeira
E sinto apatia verdadeira
Ou inconsciente cegueira
Uma intransponível barreira
Uma alusão alvisseira
Já refeito da bebedeira
Constato de fato à cabeceira
Que não tenho eira nem beira
Nem ramo de figueira.