desvendar
minha boca segue
com a lingua solta
meus dentes te morde
e te deixa louca...
meu deus, o que fizeste
com meu amor, a minha
querida estrada,
que canto dessa jornada
minha boca segue a cantar..
cheirando breve, amando
pouco...
e de tanto ir e fuçar
olha que o paraiso
me acolhe e o cheiro
dela ainda vivo, ainda
nulo, ainda claro, como
cravo, veste meu rosto
de solidão...
eu mordo
o tempo, mordo a angustia
no desvendar desse ponto e
entorno do arisco desejo
eu caio, eu caio de amor
aos seus lábios...