ALZHEIMER
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Parece brincadeira, cadê o relógio? …
Tenho certeza, tava aqui em cima da escrivaninha.
Putz... Sinceramente não sei qual é o seu negócio.
Acho que está no quarto dentro da gavetinha.
Essa é boa, ri de quê? Qual é a graça?
Não sou palhaço.
Sou do tempo em que se respeitavam os idosos.
Caramba cadê meus óculos? E o sapato marrom?
Já sei um marciano levou pro espaço.
Eu comi aqueles bolinhos gostosos?
De uns tempos pra cá sou culpado de tudo.
Nossa filha diz: quem entrou em meu quarto?
Ora essas, não uso soutien, to cada vez mais confuso.
A impressão é que virei um chato e triste fardo.
Até meu neto pergunta: vovô cadê a cueca?
Ã. não entendi...(rsrs, riram) – minha mãe não é sueca.
Eles esquecem e inventam tudo, me deixam louco.
Nem me deixam sair na rua, nem um pouco.
Virei prisioneiro dentro de minha própria casa.
Chiii... Derrubei o sorvete no chão com a taça.
Mas não fui eu quem comeu aquela fruta.
Foi você, veia fia da puta.
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BILLY BRASIL
20-07-2012 – 5, 33 HS
PQI – SBC – SP



Nota do autor.
Pessoal tirando a brincadeira, essa doença é silenciosa e traiçoeira. Não é privilégio só de idosos o mal de ALZHEIMER. Fiquem atentos aos esquecimentos, pois é irreversível, cuidando pode-se estacionar a doença. Cuidem-se. Grato Billy Brasil.