Em mim...
Um rio em mim se inflama
Desnudo na voracidade do perdão
A etérea cartilagem , nua quando ama
Afoga um simples nome em solidão
O ósculo, sozinho no cortejo
Faz de sílabas - leques, abano e ventarola
Então o que será? Pedaços de amor, só em sobejo
Como fumaça espiralada, simplesmente em meia-hora
O ébano escurecido, a faia cortada do deserto
A palma alisando esse rosto – os vãos dos dedos escorregam
Como elásticos (chorando, ao te querer aqui por perto)...
Tentando arrancar dessa tela - do plasma, dos dias que te carregam
A porta aberta – dá caminho a passos livres
Mas ir aonde? Lágrimas, somente lágrimas...
Um nome as enxugam ; será por onde estive?
Absorto aqui mesmo, ou em livros, de meras páginas
Lavas o meu corpo, com lágrimas tuas, tuas...
Seco-me, somente no vento que desliza passageiro
Por dias, encontros, (ah! como dói lembranças suas...)
Arfo, sofro, choro... não sei como eu ainda estou inteiro...