ESSA SAUDADE QUE ONTEM FOI AMOR

Essa saudade que ontem foi amor

Dorme comigo, avivando o perfume

Que deixaste perdido, escondido no calor

Da vigília da noite entre brigas e ciúme.

Ainda me lembro dos ecos por aí gritando

Em noite silenciosa por detrás da janela,

Oferecendo ajuda aos pombos brigando

Por tudo e por nada, por ele e por ela.

Essa saudade que ontem foi amor

Desmanchou, tornou-se gotas amargas

Entornadas na alma, vestindo-a de dor,

Perambulando por estradas frias e largas;

Onde o amor não faz presença nem questão,

Somente a saudade de braços abertos esqueceu

O que sobrou de um mísero e pobre coração

Dando alento a essa alma à tarde que a aquece.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 22/07/2012
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