a vida como graça
Há, como gosto
De seu beijo...
Quando eu te beijo
Eu vivo de novo
Eu nasço de novo
E de novo, eu beijo
Porque a coisa de que
Mais gosto é nascer...
No trabalho, no trem
Ou na Avenina Santos
Dummond, eu me fujo
Eu saio de olho da pobreza
E da miséria, eu me fujo
Da inflação e da moça
Ao relento que toma chuva...
Eu me fujo pra sua boca
Onde seu beijo se retrata
Como se a vida fosse graça!