BALAR DO BRASILEIRO

BALAR DO BRASILEIRO

Mééé Mééé Mééé Mééé

Quando acordaremos para a vida,

Deixando de ser egum na esquina?

Aceitando tudo como uma ovelha,

Nem mesmo erguendo a sobrancelha.

Mééé Mééé Mééé Mééé

A moralidade virou artigo de luxo,

Padre compete clientela com o bruxo.

O traficante dá escola à comunidade,

No senado corre solta a imoralidade.

Mééé Mééé Mééé Mééé

A ovelha bate cartão com medo do lobo,

Ou seria medo do leão? O rebanho é tão bobo!

Surge bolsa para tudo que é mendicância

Afinal no palácio apenas se vê a exuberância.

Mééé Mééé Mééé Mééé

As ovelhas estão felizes porque aqui tem o carnaval,

Gastam dinheiro com fantasia para espantar o mal;

Daqui a pouco gastaremos ate com a copa do mundo,

Para isso que esgotem nossas economias até o fundo.

Mééé Mééé Mééé Mééé

Nossas ovelhas não terão mais a lã.

A muito já matou o nosso deus Tupã.

Depois da copa talvez não reste um amanhã.

Baliremos de fome atrás de uma maçã.

Mééé Mééé Mééé Mééé

Quando esse dia chegar afinal nesta nação,

Talvez acordem e curarem a infecção,

Que se instalou em meu querido Brasil,

Ai sim! Mereceremos o titulo de PAÍS VARONIL.

André Zanarella 02-01-2012

Egum = Invocação do espírito de mortos nas macumbas cariocas

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 22/07/2012
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