Abismo da duvida
Onde estou? Avisto daqui falanges de terror
Gritos sombrios que gracejavam ao nada
Penso donde pode vim todo esse rancor
Submetidas ás idas dessa caminhada.
Lá aonde os senhores nunca imaginaram
E sua mente nunca correu em raciocinar;
Lá só em enxergar meus olhos fechavam,
E ao respirar sentia o sofrimento no ar.
Procurei o sol mais ele não estava presente,
O céu era escuro nada se consagravam,
E os homens blasfemavam ao onipotente;
E no instante imaginei o que pensavam.
Procurei a lua mais não se encontrava;
Fiquei fraco diante a ausência dos deuses,
Porém as estrelas meus passos não guiava
E rodeava mesmo lugar diversas vezes.
Surgiu uma força da qual estufou o peito,
Que até hoje não a outro que me aqueça.
E no instante quis estar apenas no leito,
Pra eu poder descansar minha cabeça.
Ao rodear observo uma triste criança,
Que de longe caminha, porém sem rumo
Talvez dele sumisse toda a esperança,
Que foi tirada pelo cumulo doutro mundo.
Que lugar é este, perguntei a criança,
Que me responde com uma voz triste
Que relembrava amargas lembranças,
De nunca ter sido o que nele persiste.
- Todos aqui ardem no abismo da duvida,
Mais essa escuridão torna meu ar puro,
Se tivesse proposito para essa vida subida
Talvez não estivesse em cima do muro.