Bahia, Celeiro de Cultura
Roteiro de grandes nomes em sua vitrine
Graças à semeadura do solo fértil e produtivo,
Vasta colheita de gênios que a literatura imprime,
Tear onde a criatividade tem sublimes donativos.
Nobres artistas desfilam na fecundidade do talento
Obras insignes onde caminharam Castro e Amado,
Germina-se no dia a dia a expressão do pensamento
Que traz na liberdade a areia social para todos os lados.
Século vinte de autêntico e primoroso regionalismo,
Crianças carentes veem-se donas das ruas de Salvador,
Na coragem de Pedro Bala enfoca-se todo o escapismo
E a tenaz rebeldia de moleques vítimas do desamor.
Há obras onde se pinta um painel da cultura
Em que o homem mergulha ancorado à sua nau,
Desbrava-se toda uma trajetória de riqueza e aventura
Por onde suntuosamente Jorge consagra o Ciclo do Cacau.
Castro cantou a liberdade, Amado fincou raízes
Da filosofia africana vivenciada pelos costumes dos escravos,
Conteúdo religioso camuflado na senzala dos infelizes
Que traça na modernidade de hoje um vigor acentuado.
Relíquia que perlustrou a clandestinidade do vermelho,
Torna-se a referência de uma imortalidade que é espelho!