O Zé Ninguém
Comprou um bode preto
E não encontra quem o queira
Sempre foi péssimo negociante
Leva a vida no barbante
Batendo com a cara na porta
Deve ser praga da Moura Torta.
Montou no cavalo xucro
E despencou da cela
Derrapou no cascalho
E ralou a canela
Rezou pra São Thomé
Mas Serafim era o santo do dia.
Um pobre diabo sem eira nem beira
Segue a procissão dos descamisados
E se perde em fuxicos de comadres
Bate continência para os poderosos
Vive embriagado de incompetência
E continua freguês da maledicência.