Rejeição e Luta

Mora em mim a rima da discórdia

pedindo clemência para a rima da razão,

há em mim a causa desconexa,

suportando o peso da desigualdade.

Enquanto a verdade viver prolixa

a desobediência em mim sobreviverá,

enquanto o descompasso reger o tom

meu aneurisma rejeitará o apogeu da plebe.

Sou dores em profusão da incógnita

sou morte na ilusão da vida,

ferida que sufoca o preconceito

e inefável ante a depressão tão cínica.

Meu “Eu” teimoso rejeita as marquises,

por saber que elas são,

a base dos discursos profanos.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 20/07/2012
Reeditado em 23/08/2024
Código do texto: T3788231
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