profusão,

Quando na tarde quase silenciada,

Forte e pétreo, o sol já se esfregando

Nas montanhas da morte, e o amor,

Bolha de encontro e enforcamento,

beira os namorados, Que se apavoram diante do mistério

Do eterno, mas se rendem ao calafrio de

Se saber visto, e instalados na dimensão

Invisível da poesia...

E todo cansaço suspenso nos rosto

Dos trabalhadores que chegam

Em suas casas..

E a janela em estado de revelação

Sendo aberta pela rua, pelo muro

Pela moça que distraída também

Sobe em seu destino, mas me olha

Antes de virar na sua própria liberdade

Me olha, me acolhe como uma promessa

Guardada atrás de uma janela cor laranja...

E o céu desce aos poucos, negro

Misterioso, e nessa profusão de

Sensação, de estéreis duvidas

De existência, eu me emociono

E vejo que a vida tem o sentido

Dos deuses...

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 19/07/2012
Código do texto: T3786833