Ressonâncias (odeio títulos!)
À noite, atento, escuto
vozes, ecos ancestrais
que vêm do absoluto
em grandes ondas surreais.
São seres vivos num bar,
nas ruas cantando a vida,
procurando se achar
numa dose sem saída.
São vozes universais
reverberadas no vento
que vêm dos céus abismais
e resumem o pensamento
das criaturas mortais,
imortais no seu momento.