coisa de menino

O sino em ondas de vinho

Assoprava estalados e trincados

Medos pela praça...

As moças em transe suspenso

Olhava os homens em circular

Desejo de amar...

O sino cantava para as velhas

Que quase a beira da morte

Tinha naquele transe amoroso

Apenas como uma gaveta lacrada...

O padre rezava olhando pra Deus

A criançada corria no corredor

E levava cocorotes de amor...

Cada um na sua reclusão, cada

Um abrilhantando sua ilusão

E eu, ainda pequeno, do tamanho

Quase da morte: sentada no banco

Da praça já percebia alguma coisa

De estranha nessa vida