MEMÓRIA
MEMÓRIA
Meus versos desvendam na alma nua
A pua que pune o homem nas suas crises!
Falam das consternações e das avarias
E o que há de deslustre nas almas afeitas.
Daqueles que abocanham a hóstia em demasia!
Meus versos buscam em expiação o que de verdades...
Nos caminhos da esperança que peleja a alma humana!
Dai serem meus versos varandas por onde passam
Esses mesmos homens, credos, aflitos em romaria.
E, não há da minha parte pretensão alguma,
De querer ver nesses fatos minha vã filosofia
Nem de desviar esse rebanho das suas esquinas que se partem!
Daí serem, minhas rimas, essas abatidas apologias,
Que se perdem entre os fios dos meus cabelos grisalhos.
Albérico Silva