um cheiro qualquer: um torpor

Um cheiro qualquer

As veias do nariz

Esfriaram um verde

Estalar de sino ...um

Aperto seco e enevoado

Atrás Da garganta. O soar

Guardado de lembrança...

Correu sobre a horta

Da já seca e estalada estrada

Do ontem morto mas amado..

O sol Orange encorpado de nada...

o dia esfarelando...e a moça

Devagar acariciando

O peito sobre o rosto

De um menino imaginado

Delirado, quase dormindo

E água desceu de

Sua boca como

Numa corrente enferrujada

E louca!

Ela deitou-se sobre

O aroma de terra

E sobre a chuva

Que batia firme

No assoalho do

Batente da janela

Ela amou, porque

Sentiu vindo da terra a

Revolta, a tristeza

A amostra, do vasto

Desejo de morrer

Nos braços de um homem!

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 18/07/2012
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