Toc Toc

Toc, toc...

Quem bate a porta?

É você solidão?

É você saudade?

Silencio, não há resposta,

janelas escancaradas,

todas tortas, porta fechada

e eu na cama

esperando a pessoa amada.

Toc, toc...

As batidas continuam,

pergunto e não há resposta

apenas o silencio aterrador

neste coração que estava

vazio, hoje repleto

de amor.

Se for a solidão, vá embora,

se for a saudade,

entre mas não

se instale,

se for o meu amor

venha e se acomode.

Toc, toc...

As batidas não cessam,

eu entrevado, cansado

nesta cama,

desejando quem amo

esperando o momento

da chegada, jamais

pensando no vazio

da despedida.

Toc, toc...

Eis que entras,

escancarando

a porta sem pedir

licença, levando

minha doença,

pula em minha cama

e nos amamos loucamente.

O tempo pára, a solidão

foge a tristeza apavorada,

não preciso mais de porta,

teto ou casa, vivo em você

o meu maior bem querer.

Instalo-me em seu peito

e o transformo em meu leito,

leito de paz, amor e a mais

pura satisfação.

Rafael Razador
Enviado por Rafael Razador em 18/07/2012
Reeditado em 29/07/2012
Código do texto: T3783827
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