Toc Toc
Toc, toc...
Quem bate a porta?
É você solidão?
É você saudade?
Silencio, não há resposta,
janelas escancaradas,
todas tortas, porta fechada
e eu na cama
esperando a pessoa amada.
Toc, toc...
As batidas continuam,
pergunto e não há resposta
apenas o silencio aterrador
neste coração que estava
vazio, hoje repleto
de amor.
Se for a solidão, vá embora,
se for a saudade,
entre mas não
se instale,
se for o meu amor
venha e se acomode.
Toc, toc...
As batidas não cessam,
eu entrevado, cansado
nesta cama,
desejando quem amo
esperando o momento
da chegada, jamais
pensando no vazio
da despedida.
Toc, toc...
Eis que entras,
escancarando
a porta sem pedir
licença, levando
minha doença,
pula em minha cama
e nos amamos loucamente.
O tempo pára, a solidão
foge a tristeza apavorada,
não preciso mais de porta,
teto ou casa, vivo em você
o meu maior bem querer.
Instalo-me em seu peito
e o transformo em meu leito,
leito de paz, amor e a mais
pura satisfação.