Do casto ao gasto!
A língua nada absoluta, sem misericórdia,
Aplaina deidades & malditos na mesma linha,
Mal alivia, estufa, rompe todos os tratados,
Mais engana do que esclarece, espalha,
Coloca terra sem nenhuma produtividade,
Dá, sem descanso, dilacerações pelo couro,
O olho crivado com a próxima lágrima,
Mistura-se a fumaça do cigarro na chuva,
Colhe uma pedra pela rua tão cinza,
Outra lasca de parede procura o chão,
Nenhuma taverna está mais aberta,
Novas cicatrizes sobre as que mal fecharam,
Pela angústia que sobra ao andarilho,
Outras solidões além desta permitida,
Aos bolsos, o vazio de um universo,
Poucas rimas contornando essa língua,
Vai longe, aquele corpo tão desejado,
Tão próximo, mas tem outra parede & nós,
Do mal que mal se acaba, interioriza-se,
Toma de frente o largo costado em vão,
Nada vê além de uma nova solidão!
Peixão89