NOITES
NOITES
Há noites em que a insônia,
Rastreia o meu sono,
Adentra-se na minha alcova,
Com força misteriosa, insidiosa.
É quase como uma invasão de privacidade.
De forma dissoluta!
Metáforas em analogias,
Transpondo barreiras.
Da sua trincheira observa-me, vigia-me,
E às minhas madornas mal dormidas...
Vela minha sonolência e meus sonhos...
Com intenção indisfarçável.
Maledicência nos olhos,
Sorriso enigmático na boca!
Imoral quão propositado.
Senhora imperiosa!
Conheces as fraquezas dos homens,
Desfruta das minhas fantasias!
A ver-me agitar no leito
Na hora derradeira.
Albérico Silva