Alguma Travessura
Entre nossas quatro paredes,
Uma vela inibe o escuro,
Duas sombras; sentindo o perfume azul.
As respirações sincronizadas,
Com os movimentos de nossos corpos;
Entrelaçados, íntimos, livres...
Nossas mãos são cúmplices.
Nossos beijos magnetizados.
Minha barba arranha teu pescoço,
Tua língua brinca entre minhas pernas,
As vozes conversam sussurradas.
Chovendo forte no telhado aparente,
A sensualidade escorre no suor,
Sozinhos, completos, multiplicados...
A pele acariciada pelos olhos,
Com um carinho treloso e brincante;
Teus seios sugam minha boca.
Mordendo libidinosamente tuas coxas,
Mergulho no centro do teu colo
E exploro-te, duplicando tua umidade.
Sonoros gemidos são permitidos,
Nada mais importa no mundo inteiro,
Senão esse momento entorpecedor.
O prazer intensificado a cada toque,
Até o instante incontrolável dos orgasmos.
Então permaneceremos deitados e sonhadores;
Assim se faz nosso amor carnal.