Segredos de mi ’alma

Prefiro dar a liberdade

A um amor que é

Só meu, do que acorrentá-lo.

Val Cunha

Hoje mais uma vez, ela veio fazer companhia pra mim (a caneta).

Há muito tempo não me sentia assim, como se tivesse um abismo à minha frente, tentando engolir-me por inteira...

E nessa admoestação, sinto que o meu coração indeciso está...

Há um turbilhão de pensamentos que varre meu sono pra longe de mim...

E nesse sentir solitário, fazendo pulsar o meu coração, me deixa insone, angustiada, procurando razões...

Pra entender o teu desapego e o descarte de mim, do teu coração...

Palavras mal ditas me afastaram de ti...

Sinto-me desprezadamente, pisando os espinhos da solidão.

Talvez o pouco que fiz pensando ser muito não fora suficiente para manter-te ligado a mim...

Então, depois de muito pensar...

Qual pasarinho recém-saído do ninho, que aprendeu a voar, dou-te a liberdade...

Não te sintas preso a mim...

Não quero um amor assim...

Amor de não/querer...

Pra mim chega! Não dá mais...

Quero andar de braços dados com a liberdade...

Amor acorrentado... Jamais!

Esse amor, que abriguei em meu peito,

Durante tanto tempo,

Despede-se de mim,

Sem ressentimentos.

val cunha
Enviado por val cunha em 16/07/2012
Reeditado em 16/07/2012
Código do texto: T3780751
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