Quisera...
Quisera,
simplesmente,
ser a sede
que te inunda
para que pudesses
beber-me
incessantemente...
Quisera,
infinitamente,
no silêncio
das frias
madrugadas,
ser a brisa
que refresca teu corpo
quente...
Quisera,
ardentemente,
poder sair de mim
e entrar em ti...
Ser o pássaro
que se aproxima,
de mansinho,
lentamente,
do teu jardim...
Na tua janela
cantarolar,
baixinho,
uma melodia
sem fim,
suavemente...
Ana Flor do Lácio
Queridos poetas Miguel Jacó, Milla Pereira e Jacó Filho, vossos versos são lindíssimos. É uma honra postá-los junto aos meus. Agradeço vossa interação e presença que enriquecem minha escrivaninha!
DESDE O FIM ATÉ O COMEÇO
Podes te apossar de mim,
Ser minha formatação,
Dominar meu coração,
Com o mais nobre interesse,
Desde o fim até o começo,
Sem muita degradação,
Porem me sejas sensata,
Pela nossa comunhão.
Flutuas em meu andar,
Minha sombra te protege,
Poderemos comungar,
Distante do sacrilégio,
Mas não confunda a dor,
Com falta de privilegio,
O mundo se acomodou,
Nas margens do frio inverno,
Cada pranto e dissabor,
Enverniza nosso cerne,
A indiferença é incolor,
As ardências tocam a derme,
E seja lá como for,
Ter você, é um privilégio.
(Miguel Jacó)
Quisera...
não tivesse um dia
sem a alegria
de ler-te.
Quisera...
vir de mansinho
dar-te um carinho
só para ver-te!
Quisera...
que o céu cantasse
quando eu passasse
a tua porta
Quisera...
tempo passou
aqui estou
que mais importa?
(Milla Pereira)
Quisera
Está por perto,
Quando por Deus,
Chamas.
Orarmos por quem clama,
Sem ser voz no deserto...
Quisera ouvir-te,
E acertar as atitudes.
Pra responder que pude,
Quando um abraço,
Pediste...
Quisera viver teu sonho,
Do mundo sem miséria...
Convencer os ricos,
Que matéria,
Com egoísmo,
É um erro medonho...
(Jacó Filho)