AMOR COM SABOR (amargo) de CHOCOLATE

Com língua de chocolate
Minha boca inteira esquadrinhaste.
Eriçaste
Meus íntimos, profundos sentidos.
Todavia me sonegaste
Um só que fosse dos muitos sons do amor,
Mesmo alguns quase surdos gemidos.
E no limiar de meu extremo prazer,
Sem acenos, ou palavra dizer,
De súbito te retiraste.
Nada explicaste.
Restaram: o abortado prelúdio de amor,
E esta opressiva, irreparável dor.
Até o chocolate
Envolveu-se de amargo sabor. (*)



(*)Chocolate amargo protege as coronárias
Eis porque não morri de amor
Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 15/07/2012
Reeditado em 21/10/2015
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