Autobiografia
É melhor não me entender,
Nem eu mesma me entendo.
Às vezes sou tranqüila e suave
Como uma brisa numa tarde de outono.
Outras vezes sou devastadora
Como uma tempestade numa tarde de verão.
Sou um turbilhão de idéias morando num
Corpo que é pequeno para mim.
Tenho a mágica de inventar e desinventar pessoas
Mas não consigo inventar e desinventar sentimentos.
Por vezes, tenho a idéia de que o mundo me pertence.
Outras vezes tenho a sensação de que não
Pertenço a este mundo.
A unidade me deixa limitada, a dualidade me assusta.
A paixão muitas vezes me matou.
O amor me fez ressuscitar.
Tenho a alma de um poeta e os sonhos de uma criança.
Sou apenas uma mulher...
Com alma de menina.
(Tessália Lemos)