REFÉM DO SILÊNCIO

Sou refém do silêncio

de dia e de noite

a todo momento.

Refém da dor, do ódio

e também do desamor.

Refém da ansiedade,

da impunidade

que se escancara

para a humanidade.

Sou refém do grito,

das questões sociais

que me deprimem,

que me inibem

e são tão cruciais.

Enfim, sou refém do universo,

refém de um mundo complexo

por tanto tormento

e pela irreversível inércia

que sufoca meu pensamento.

Marlene Couto
Enviado por Marlene Couto em 15/07/2012
Reeditado em 15/07/2012
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