REFÉM DO SILÊNCIO
Sou refém do silêncio
de dia e de noite
a todo momento.
Refém da dor, do ódio
e também do desamor.
Refém da ansiedade,
da impunidade
que se escancara
para a humanidade.
Sou refém do grito,
das questões sociais
que me deprimem,
que me inibem
e são tão cruciais.
Enfim, sou refém do universo,
refém de um mundo complexo
por tanto tormento
e pela irreversível inércia
que sufoca meu pensamento.