INSÔNIA

Insone sou eu que conto carneirinhos,

Enquanto a lua me assiste lá de cima

Virando na cama; pensando nos carinhos

Que hoje me soam aos ouvidos como rima;

Rima de meu poema noturnamente vazia

Que estende por todo esse tempo chorão.

Insone sou eu que desperdiço a noite, todavia,

Cochilando para encontrar na noite a solidão.

Insone sou eu com o desejo de dormir bem

Para louvar com alegria o meu dia passado;

Sorrir com os ativos olhos na magia que tem

Todas as noites abraçadas sem sonho sonhado.

DIONÉA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 15/07/2012
Código do texto: T3779511