INSÔNIA
Insone sou eu que conto carneirinhos,
Enquanto a lua me assiste lá de cima
Virando na cama; pensando nos carinhos
Que hoje me soam aos ouvidos como rima;
Rima de meu poema noturnamente vazia
Que estende por todo esse tempo chorão.
Insone sou eu que desperdiço a noite, todavia,
Cochilando para encontrar na noite a solidão.
Insone sou eu com o desejo de dormir bem
Para louvar com alegria o meu dia passado;
Sorrir com os ativos olhos na magia que tem
Todas as noites abraçadas sem sonho sonhado.
DIONÉA FRAGOSO