Resquícios

Entranhado n’alma do mundo

Contorço-me no casulo de vida

Dentro dessa casca física e pesada

D’onde minh’alma se aflige por liberdade

E os resquícios dos passados longínquos

De vidas e mortes esquecidas pelos anciãos

Impõe grilhões nessa jornada estagnada

Fados guardados nos cadernos do tempo

Minhas asas a muito já se cansaram

Voaram limbos e céus em busca da verdade

Derreteram em sóis de eternidades refletidas

Nos olhares vigilantes de um poeta morto

E não haverá privilégios... Tudo estará anotado em versos...

E será sepultado em uma tumba piramidal