Quotidiano...
Este quotidiano me esmaga...
Às vezes me faz desumano.
Outras vezes, dócil, me afaga!
Vagueio por estradas, desertos e serras...
Luto em batalhas, brigas e guerras...
Afogo-me na fúria dos mares!
Embebedo-me na cerveja dos bares...
Calcorreio vários espaços
e perco-me no aconchego dos teus braços!
Salto por entre os patamares da bruma.
Passeio por todas as vértebras da tua coluna...
Submeto-te ao peso do meu ser
até que exausto, tento adormecer...
...E depois volta o dia!
E com ele, voltam o tédio e a alegria
confundindo-se na minha vida,
de mãos dadas...
Dando gargalhadas...
Debochando da minha impotência
em trilhar com facilidade os caminhos
que se sucedem na minha existência!