o incalculável
Se fez árvore, se fez gente
Toda gente, se fez também
Praça e se fez fome, se fez
Pedinte, lobisomem?
Ao pé do sol, o dia já
Andando, circundou-se
De vexame, de arsenal
De improviso e de ramos
Estreitos...
Serviu-se do aprendido
Dos aromas esquecidos
Dos invernos já recolhidos
E se mudou, não de lugar
Ou de pessoas, ou mesmo de
Namorada...
Passou andar pelos cantos
Assombrados da noite
E entre riachos e ferro fundido
Em areia e serviçais arrogantes
Atravessou seu próprio mar:
Se embrenhou no incalculável
Mundo de si mesmo!