o incalculável

Se fez árvore, se fez gente

Toda gente, se fez também

Praça e se fez fome, se fez

Pedinte, lobisomem?

Ao pé do sol, o dia já

Andando, circundou-se

De vexame, de arsenal

De improviso e de ramos

Estreitos...

Serviu-se do aprendido

Dos aromas esquecidos

Dos invernos já recolhidos

E se mudou, não de lugar

Ou de pessoas, ou mesmo de

Namorada...

Passou andar pelos cantos

Assombrados da noite

E entre riachos e ferro fundido

Em areia e serviçais arrogantes

Atravessou seu próprio mar:

Se embrenhou no incalculável

Mundo de si mesmo!

Alex Ferraz Silva
Enviado por Alex Ferraz Silva em 13/07/2012
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