Feridas da Noite

O cansaço é a tônica que me deixa ébrio,

Meço sua intensidade usando conta-gotas,

Minha indisposição não é diferente das outras

E o sono que me assedia não é o que quero.

Sinto constantes arrepios que me levam à cama

E durmo inquietante sem poder sonhar,

Fadiga itinerante que atinge alto patamar

Numa insubordinada rebeldia de horas tantas.

Extenuado pelas noites de suplício e castigo,

Busco relaxar em vão nesse descanso postiço

E os olhos fechados escondem mentiras...

Exaurido pela vigília companheira das madrugadas,

Tento desbravar a sonolência dentre novas estradas

E desnudo do orvalho causas e efeitos que me feriram!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 13/07/2012
Código do texto: T3775623
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