O SILÊNCIO DO ÓCIO
                       Fernando Alberto Couto
 

        Sinfonia de uma vida eterna
        que atravessa tempos idos,
        harmonizados nos acordes
        de uma tarde muito serena...
        Todos os anseios desvalidos,
        pelas realidades discordes.
 
        Música que não se escuta,
        tocada por imaginários anjos,
        antes de um crepúsculo frio,
        apoiados numa lira ou flauta,
        tão irreais quanto os sonhos
        que perderam-se no vazio...
 
        Silêncio ocultando espíritos
        deixando esvair-se existências,
        abraçando o ócio como amigo.
        O mesmo de quem os gritos,
        perdem força ante um jazigo.
 
        Tédio da soberba em agonia

        e ambições que são nostalgia.

                            SP – 11/07/12

 
        

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Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 13/07/2012
Reeditado em 02/11/2013
Código do texto: T3775572
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