VAI-SE A NOITE, VEM O DIA

Vai-se a noite, vem o dia,

vai-se o dia, vem a noite...

E você onde andará?

Sopra o vento frio açoite.

Em murmúrios e lamentos

voz de vento, às vezes triste.

Sopra lento feito brisa,

incessante o vento insiste.

Fere o peito feito brasa

abrasando a cidade,

incendeia lá por dentro,

chama viva de saudade.

Anoitece em meu peito,

solidão me adormece.

A saudade não tem jeito,

grande amor não se esquece.

Duro aço corta a noite,

fere fundo lá por dentro.

E a distância aqui persiste,

solitária voz de vento.

Vai-se o dia, vem a noite,

vai-se a noite, onde o dia?

Lua negra, triste orvalho,

gotas de melancolia.

E me chegas de surpresa,

vai-se a noite, vem o dia,

prata, ouro, brilha o sol,

teu sorriso me alumia.

Onde a noite? Já é dia.

Em meu peito, alegria.

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Que lindo são os teus versos

Mui ricos em harmonia

Mande mais pra nós, te peço

Eu os leio noite e dia.

(TIAGO DUARTE)

Obrigado, amigo poeta...

José de Castro
Enviado por José de Castro em 13/07/2012
Reeditado em 14/07/2012
Código do texto: T3774973
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