VAI-SE A NOITE, VEM O DIA
Vai-se a noite, vem o dia,
vai-se o dia, vem a noite...
E você onde andará?
Sopra o vento frio açoite.
Em murmúrios e lamentos
voz de vento, às vezes triste.
Sopra lento feito brisa,
incessante o vento insiste.
Fere o peito feito brasa
abrasando a cidade,
incendeia lá por dentro,
chama viva de saudade.
Anoitece em meu peito,
solidão me adormece.
A saudade não tem jeito,
grande amor não se esquece.
Duro aço corta a noite,
fere fundo lá por dentro.
E a distância aqui persiste,
solitária voz de vento.
Vai-se o dia, vem a noite,
vai-se a noite, onde o dia?
Lua negra, triste orvalho,
gotas de melancolia.
E me chegas de surpresa,
vai-se a noite, vem o dia,
prata, ouro, brilha o sol,
teu sorriso me alumia.
Onde a noite? Já é dia.
Em meu peito, alegria.
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Que lindo são os teus versos
Mui ricos em harmonia
Mande mais pra nós, te peço
Eu os leio noite e dia.
(TIAGO DUARTE)
Obrigado, amigo poeta...