A dança

A grama escorregadia pelo orvalho,

sinto sob os pés.

Na penumbra do carvalho,

os pés giram, rodopiam,

enquanto piam as corujas nos galhos.

Lua cheia,

em minha veia corre a seiva

de toda a floresta!

Só me resta dançar, girar,

como planeta ensandecido,

como pião esquecido no tempo.

Mãos estendidas aos céus,

véus que caem pela dança,

a cabeça que se joga para trás,

pois não há mais razão...

Uma mão se estende para a lua,

outra toca ao chão.

Enfim, subo ao mesmo tempo em que desço!

Desconheço o equilíbrio, mas se há,

ele é assim, dinâmico, vibrante...

Avante, avante,

Nesta emocionante dança de ser!

Baco Diphues
Enviado por Baco Diphues em 12/07/2012
Código do texto: T3774537