Anônima
Sou a mulher anônima
Vestida de pétalas vermelhas
Insanas a temporais
Mãe de filhos anônimos
Com esperanças penduradas em velhos varais
Comemos do pão dormido, do queijo roído em seus quintais
Somos de civilizações anônimas, quase extinta, porém sensuais
Acordamos com o calo cantando, a barriga roncando os sons matinais
Lutamos, damos um duro, voltamos pra casa já no escuro vendo estrelas naturais
Nos abraçamos, desejamos mais sorte, um novo norte coisas tão cordiais.