Nasceu mais um dia
Nasceu mais um dia,
A flor que sorria, vendo o nascer do sol,
Banhava-se do orvalho puro da manhã.
Nasceu mais um dia,
E as pessoas corriam,
Afobadas, para vários lugares.
Os olhos abriam-se,
Os pássaros cantavam,
Os asfalto ardia, e a fumaça tomava o céu.
Amanheceu mais um dia,
Com tons de marron, sobre o breu envelhecido do concreto,
Nada parecia tão certo, mas certo,
Acontecia...
Nasceu mais um dia,
Enterrando mais uma noite,
Irradiando mais um novo presente,
Flertando brevemente com o futuro próximo,
Ou quem sabe o breve passado.
Tudo estava sincronizado,
Como a melodia dos ventos,
Que embalavam as folhas secas,
Nasceu mais um dia,
E muitos sorriam, enquanto outros
Afogavam-se em prantos.
Mas nada dura eternamente,
Assim como a noite irá consumir em instantes a luz,
A felicidade se converterá em prantos,
Que morreram e tornaram-se em instantes risos,
Mas agora... nasceu mais um dia.