Sei lá o que é isto...
Na mira do poema
noturno,
com seus milhões de olhos
e bocas chapados,
milhões de corpos
dados, colados,
suados, selados
no pacto além da alma,
um pasmo de delírio
intersubjetivo,
lira de poeta caboclo
fugido de um livro
extinto,
ainda não lido,
assombração, macumba,
milagre, o poema
perdura, perfura,
atura, foge de dura
de viatura, o poema
assina um cheque
pra Deus cantar bonito...