Redenção (sou péssimo pra títulos! Pra mim, poemas não deviam ter títulos)
Montes de detritos e caos,
a água da chuva afoga
os restos mortais da cidade.
Espero que essa pobre pomba consiga
alcançar no vôo seu ideal mais puro.
Canto para que a dura orquestração da metrópole
se lave na cortina d’água que lambe o tempo.
Despisto, não quero ser confundido com mais um.
Sou uma estrela que caiu do céu e minhas feridas
são estilhaços de luzes machucadas
cintilando para suavizar a dor.